Movimentos sociais, de esquerda e de oposição ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) marcaram novos protestos para o dia 24 de julho. A decisão foi publicada nas redes sociais de movimentos sociais nesta 3ª feira (22.jun.2021) e indicam mais um dia de atos unificados contra o presidente.
A principal pauta dos protestos será a saída de Bolsonaro. Segundo a Folha de S.Paulo, as organizações da oposição querem fazer pressão para que o presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL) paute o impeachment de Bolsonaro. Em uma entrevista ao O Globo, publicada nesta 3ª feira (22.jun), Lira descartou dar andamento aos pedidos de impeachment.
O deputado afirmou que não há "circunstâncias” que façam com que a saída de Bolsonaro seja aprovada pela Câmara.
“Falta um conjunto de coisas. Enquanto a economia tiver em crescimentoÂ… Veja bem, não estou faltando com respeito a nenhuma vítima. 499 mil [mortos], 501 mil, são todas significativas como uma vida. Pelo amor de Deus! O que estou dizendo é que o impeachment não é feito só disso.”
Além do impeachment, outros temas fazem parte da mobilização marcada para 24 de julho. Entre as principais estão a defesa da educação, o auxílio emergencial e a aceleração da vacinação.
As reivindicações são as mesmas dos outros 2 dias de protestos que foram realizados contra Bolsonaro desde maio. Os movimentos de oposição saíram às ruas no último sábado (19.jun) e em 29 de maio.
Os protestos não tiveram uma contagem oficial, mas organizadores disseram que o ato teve mais pessoas do que o realizado em maio. O Poder360 comparou as imagens das duas últimas manifestações contra o governo Bolsonaro em Brasília.
As mobilizações contam com o apoio de organizações como a UNE (União Nacional dos Estudantes), Coalizão Negra por Direitos, CUT (Central Única dos Trabalhadores), Povo sem Medo, Brasil Popular, MST (Movimento Sem Terra), entre outros. Partidos políticos, como o PT, Psol e PC do B, também apoiam os protestos.