O recrutamento de voluntários deve começar entre duas e quatro semanas, após a finalização de arranjos estruturais. Segundo o pesquisador Régis Goulart Rosa, após o recrutamento dos 4.500 voluntários, que pode levar de seis a nove meses, será possÃvel ter os primeiros dados da pesquisa primária de efetividade da vacina. Os estudos com os resultados devem levar pelo menos dezoito meses para serem publicados, após o acompanhamento dos voluntários pelo perÃodo de um ano.
Toledo
Até a seleção da cidade de Toledo para o estudo, foram muitas reuniões entre Ministério da Saúde, Pfizer e prefeitura. A secretária da Saúde conta que foram avaliados pontos como o posicionamento geográfico, caracterÃstica da população, estabilidade no número de casos e controle epidemiológico. Gabriela ressalta ainda a excelência na aplicação de vacinas, que obteve conceito dez pelo Tribunal de Contas do Estado, pela transparência no processo vacinal.
Para a lÃder médica da área de vacinas da Pfizer Brasil, Julia Spinardi,além das condições de acompanhamento pelos pesquisadores em uma cidade sem muita interferência de trânsito ou contato com outras áreas, estabilidade da doença em um municÃpio com protocolos muito bem estabelecidos, foi considerada também a importância de levar uma parceria cientÃfica para a região. "A possibilidade de realizar uma parceria com a UFPR, tradicional em pesquisa, fez também com que a cidade de Toledo fosse escolhida nessa parceria, na conversa com todas as esferas das autoridades de saúde", explica Julia.
Ao agradecer a escolha da cidade para o estudo, o prefeito de Toledo, Luis Adalberto Beto Lunitti Pagnussatt, reforçou a importância de parcerias entre municÃpios, ciência e universidades públicas para fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS), melhorar o sistema vacinal e proteger pessoas. Também participando da coletiva, o superintendente de Responsabilidade Social do Hospital Moinhos de Vento, Luis Eduardo Ramos Mariath, falou do compromisso com a sociedade, integrando esforços neste estudo pioneiro de efetividade de uma vacina em vida real.
UFPR