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Eleições 2022

Quanto mais centrista Lula for, melhor, diz Flávio Dino, governador do Maranhão

Líder do PSB defende maior aliança possível em torno do petista e prevê eleição de 2022 com tensão inédita


O governador do Maranhão, Flávio Dino(PSB), Durante entrevista à Folha em São Paulo - Adriano Vizoni/Folhapress

Tido como um dos presidenciáveis do campo da esquerda, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), avaliou que a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem um caminho simples para ser bem-sucedida: "quanto mais centrista, melhor", disse em entrevista para o jornal Folha de S.Paulo.


Após migrar do PCdoB para o PSB, Dino defende o apoio do partido à candidatura do petista e afirmou que a ampliação de alianças, a exemplo do seu bloco no Maranhão que concentra 15 partidos indo do DEM ao PCdoB, é necessária para vencer uma eleição pautada pelo extremismo e pela polarização.

"A eleição de 2022 vai ser muito pior do que qualquer coisa que a gente já viu. É preciso ter uma oposição mais ampla, no sentido democrático, e construir os acordos políticos desde logo", avaliou.

Dino revelou ainda ser favorável ao surgimento de uma terceira via. De acordo com ele, existe espaço para isso e seria "bom para o Brasil uma alternativa autenticamente de centro-direita, com ideário liberal, porque qualifica o debate".

O governador ponderou ainda que a única alternativa descartada para coalizões contra o Bolsonarismo deve ser o extremismo de direita. "Se você tem um programa nacional-desenvolvimentista e democrático, quem se dispõe a fortalecê-lo é bem-vindo, independente da posição A ou B no passado", pontuou.

Para ele, a desidratação de Bolsonaro, o que considera como inevitável, permitirá que Lula possa fazer um aceno para a base conservadora e ao Centrão, o que pode garantir uma grande parcela de votos para a base do petista.

" É muito difícil imaginar o centrão atuando em bloco. Tende a se fragmentar em vários caminhos. Uma parte minoritária ficará com Bolsonaro, uma parte estará com a terceira via e uma parte vai caminhar com Lula. A desidratação de Bolsonaro é inexorável. A partir de março ou abril do ano que vem, ele vai começar a perder muito apoio. As pessoas vão começar a olhar viabilidade e o seu estado. A política local vai ganhar mais força", ponderou.

"Quanto mais centrista Lula for, melhor política e eleitoralmente. O Lula deve sinalizar para mediações, porque o risco que o Brasil corre é muito alto. O Bolsonaro é golpista. Tentou um golpe em setembro e tentará outro. Como a chave dominante na eleição vai ser a questão social, diferente da de 2018, creio ser possível que pessoas que são conservadoras em outros âmbitos da vida venham a considerar que o governo Lula trará mais estabilidade e uma equação melhor da temática social".

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