Micro-ônibus Escolar Perde Freio e Bate em Muro — Sustos, Indignação e Alertas em Tamandaré

Na manhã desta quinta-feira (28), a comunidade do Jardim Colonial, em Almirante Tamandaré, viveu um momento de tensão com o transporte escolar adaptado para crianças com necessidades especiais. Um micro-ônibus apresentou falha nos freios, retornou em marcha a ré e colidiu contra o muro de uma residência da rua João Batista de Siqueira.

O que aconteceu

• O veículo perdeu o freio e atingiu um muro, causando um susto coletivo entre as crianças, que estavam a bordo no momento do ocorrido.
• Surpreendentemente, não houve feridos. Mas os danos materiais são visíveis, assim como o trauma emocional das crianças.
• Um vídeo gravado dentro do micro-ônibus mostra claramente bancos danificados e a estrutura do veículo em condições precárias .

Vozes da comunidade

A irmã de uma das crianças, Jheny Santos, conversou com a imprensa e foi clara na indignação:

"Ele sempre parou em frente a nossa casa e hoje, quando vi, o ônibus desceu com tudo… o motorista disse que perdeu os freios; isso é uma falta de respeito… precisamos de um ônibus novo, não esses veículos velhos e sem manutenção. Se o muro não segurasse, teria sido tragédia" .

Para muitos pais, o episódio confirma uma suspeita antiga: os veículos escolares não são fiscalizados como deveriam, exigindo medidas urgentes de renovação da frota.

O que diz a Prefeitura

A administração local emitiu nota declarando que:

• O incidente foi causado por pane no sistema de freio;
• Já foram iniciados os testes técnicos pela empresa responsável;
• Ficaram de apresentar laudo técnico e verificar a responsabilidade pelo estado do veículo .

Contexto e legislação

O transporte escolar para alunos com deficiência segue normas rigorosas:

• Veículos devem ser acessíveis, com rampas ou plataformas;
• Devem contar com cinto de segurança adequado, além de motoristas e monitores devidamente capacitados .
• A renovação da frota escolar já foi tema em Tamandaré: em 2013, o governo estadual entregou novos ônibus por meio de programa de transporte escolar, em parceria com a prefeitura .

O que falta acontecer

Conclusão crítica: O fato de ninguém ter se ferido não apaga uma falha grave. Crianças com necessidades especiais merecem transporte bem mantido, profissionais treinados e fiscalização contínua — não improviso. A gestão municipal precisa assumir isso com urgência.

É o mínimo.