Política

Suspeita de corrupção sobre a VTClog deve prorrogar CPI da Covid até outubro

Por Revista Fórum

01/09/2021 às 11:50:49 - Atualizado há

O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), que antes começava a planejar um final apoteótico para a comissão, decidiu que não vai mais apresentar seu relatório no dia 21 de setembro como anunciado. O motivo? Os indícios de corrupção em torno da VTClog, responsável por fazer a logística e transportar insumos, inclusive vacinas, para o Ministério da Saúde, contém elementos para prorrogar os trabalhos por ao menos três semanas, finalizando a CPI no começo de outubro.

A prorrogação dos trabalhos tem a simpatia dos senadores de oposição e independentes, que já planejam avançar na suspeita de que o motoboy da VTClog, Iranildo Gonçalves, responsável por fazer saques de quase 5 milhões de reais diretamente na boca do caixa, repassava os valores para agentes do governo de Jair Bolsonaro ligados à pasta da Saúde, de forma direta ou por meio de pagamento de boletos.

Os senadores vão tentar provar que em uma das ocasiões na qual fez um saque de grande quantia em espécie, Iranildo foi pessoalmente ao Ministério da Saúde para, possivelmente, pagar os agentes do governo.

Motoboy da VTClog tem depoimento adiantado pela CPI da Covid

Por conta da internação de Marcos Tolentino da Silva possível "sócio oculto" da empresa FIB Bank, que deu garantia financeira de R$ 80 milhões em contrato firmado entra a Precisa Medicamentos e o Ministério da Saúde para a compra da vacina Covaxin, a CPI decidiu adiantar o depoimento de Iranildo Gonçalves e poderá ter a oportunidade de extrair do depoente as respostas que precisa para confirmar sua linha de investigação.

Isso se Iranildo decidir não ficar em silêncio e falar a verdade, pois uma decisão liminar do ministro do STF, Nunes Marques, permitiu que ele fique em silêncio, sem responder nenhuma pergunta e sem o compromisso de dizer a verdade, não podendo ser preso por isso.

Na ação impetrada ao STF na última sexta-feira, 27, o advogado Alan Diniz Moreira Guedes de Ornelas, responsável pela defesa do motoboy, utilizou o ofício da Ivanildo como justificativa para a movimentação de quase R$ 5 milhões: "sua função é de motoqueiro e, em decorrência disto, realiza todas as diligências que dependem de deslocamento, inclusive bancárias".

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Jornalista Luciana Pombo

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