Mãe de Isabelly diz que é desgastante aguardar júri, mas acredita na justiça: "Foi tudo muito cruel"

De acordo com Rosania, o júri não traz alívio, mas pode mostrar que justiça pode ser feita. "Eles já tiraram tudo que poderiam tirar de mim, que é o bem maior que era a Isabelly. Agora eu espero que a justiça seja justa, porque eu nunca deixei de acreditar que ela seria feita", afirmou.

Atualmente, Éverton Vargas aguarda o julgamento em prisão domiciliar. A defesa dele já informou que "a designação da data é apenas uma fase do processo, mas que existem aspectos processuais que com toda certeza podem fazer mudar essa data" A nota é assinada pelo advogado Cláudio Dalledone.

Por sua vez, a advogada da família de Isabelly, Thaise Mattar Assad, diz que a "notícia da data do júri representa um importante passo para justiça no caso."

Dor

Sem conseguir segurar as lágrimas, Rosania descreveu um pouco da dor que sente sempre ao comentar o caso. "É um dia após o outro, para a gente se os dias passam. Eu esperava o júri para esse ano, mas como deixei nas mãos de Deus, vou esperar com paciência e aguardar como tenho feito há quase quatro anos", disse.

A mãe de Isabelly disse ainda que não espera outra decisão que não seja a condenação de Éverton Vargas. "Foi muito cruel a forma que arrancaram a minha filha, tão inocente. Eu não espero outra coisa a não ser justiça, porque ele passa o Dia dos Pais e o Natal com o filho, mas e eu? Passo sempre nessa tristeza, sabendo que minha filha teve um destino perpétuo", lamentou.

O caso

Isabelly morreu após ser atingida por um disparo de arma de fogo, na cabeça, na madrugada de 14 de fevereiro de 2018, próximo ao Balneário Shangrilá, em Pontal do Paraná. A polícia na época informou que uma briga de trânsito teria motivado o crime.

A Promotoria de Justiça de Pontal do Paraná apresentou denúncia criminal dois acusados. Éverton foi denunciado como autor de homicídio qualificado por motivo torpe e porte ilegal de arma de fogo. O irmão dele, Cleverson Vargas, seria partícipe do crime.

À época, a defesa de Éverton afirmou que o disparo foi dado após uma ameaça do motorista do carro em que a youtuber estava.