As pequenas e médias empresas (PMEs) são a espinha dorsal da economia brasileira, gerando empregos, movimentando o comércio e fomentando a inovação. No entanto, quando se trata de acesso ao crédito, a história muda completamente. Enquanto grandes empresas têm portas abertas e linhas de financiamento bilionárias, o pequeno empreendedor sofre para conseguir cerca de R$ 10 mil para manter seu negócio de pé.
O acesso ao crédito deveria ser um direito para quem movimenta a economia, mas no Brasil, a burocracia, as altas taxas de juros e as exigências bancárias tornam o processo quase impossível para as PMEs. A maioria enfrenta dificuldades para obter financiamento e, quando conseguem, os valores são insuficientes ou os juros são abusivos.
Muitas dessas empresas são obrigadas a recorrer a empréstimos informativos ou simplesmente fecham as portas. Os números mostram o impacto dessa desigualdade: milhares de negócios fecham anualmente por falta de capital, enquanto grandes corporações recebem transportes milionários sem dificuldade.
Enquanto os pequenos empresários lutam para manter seus negócios vivos, as grandes empresas recebem empréstimos com juros baixos e sem burocracia. Bancos e instituições financeiras priorizam quem já tem dinheiro, deixando os menores sem alternativas viáveis.
A criação da Empresa Simples de Crédito (ESC) e programas como o Desenrola Brasil foram anunciados como soluções, mas na prática, essas iniciativas não chegaram a quem mais precisa. Pequenos empresários enfrentam barreiras, enquanto multinacionais e grandes grupos recebem incentivos fiscais e pacotes financeiros de milhões.
A democratização do crédito é essencial para equilibrar o mercado e garantir que os pequenos negócios tenham condições de crescer. O governo precisa implementar políticas eficazes para reduzir a burocracia, oferecer garantias reais aos pequenos empreendedores e fiscalizar a distribuição de crédito para evitar que os privilégios se concentrem apenas nos gigantes do mercado.
Se o Brasil continuar nesse caminho, veremos ainda mais pequenos negócios fechando as portas, enquanto grandes empresas seguem acumulando riquezas. O país precisa decidir: quer entretenimento, quem realmente movimenta a economia ou seguirá alimentando um sistema desigual?
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