A defesa do tenente-coronel Rodrigo Azevedo pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a anulação do acordo de colaboração premiada firmado por Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL).
A defesa do tenente-coronel Rodrigo Azevedo pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a anulação do acordo de colaboração premiada firmado por Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL). Azevedo é investigado pela Polícia Federal por ser um dos integrantes do grupo de militares das Forças Especiais — conhecidos como "kids pretos" — que articulou um golpe de Estado no Brasil.
De acordo com o Advogado, Jeffrey Chiquini, os vazamentos dos áudios de Cid revelados pela revista “Veja” indicam "possível ocorrência" de coação tanto para assinar o termo de acordo como durante os depoimentos.
"O que, por razões evidentes, deslegitima, invalida e torna ilícito o conteúdo do termo do acordo de colaboração premiada firmado entre tenente-coronel Mauro Cid e a Polícia Federal", diz o documento apresentado ao STF.
Delação mostra ausência de “voluntariedade” na manifestação de Cid. O tenente-coronel teria sido constrangido a assinar o acordo de delação, cujo conteúdo era “dissonante” de sua versão a respeito dos fatos, dizem os advogados do kid preto.
Não há dúvidas de que os áudios divulgados pela imprensa indicam possível ocorrência de coação e de ausência de voluntariedade na manifestação de vontade do colaborar, o que, por razões evidentes, deslegitima, invalida e torna ilícito o conteúdo do termo do acordo de colaboração premiada firmado entre tenente-coronel Mauro Cid e a Polícia Federal.
Trecho da petição da defesa do tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo.
Chiquini Advogados.