A China planeja injetar mais de 10 trilhões de yuans (cerca de US$ 1,4 trilhão) em sua economia nos próximos anos para enfrentar a desaceleração econômica, segundo fontes da Reuters.
A China planeja injetar mais de 10 trilhões de yuans (cerca de US$ 1,4 trilhão) em sua economia nos próximos anos para enfrentar a desaceleração econômica, segundo fontes da Reuters. O pacote, ainda sujeito à aprovação, pode ser expandido caso Donald Trump vença as eleições americanas, aumentando as tensões comerciais com o país asiático. O principal órgão legislativo chinês, o Comitê Permanente do Congresso Nacional do Povo (NPC), deve avaliar a proposta entre 4 e 8 de novembro.
O plano visa reverter os impactos de uma crise no setor imobiliário e o aumento da dívida de governos locais. A estrutura do pacote inclui a emissão de títulos soberanos especiais, que poderão levantar 6 trilhões de yuans, além de 4 trilhões de yuans em títulos de propósito especial para a compra de terras e propriedades ociosas. Esses fundos excedem a cota anual de emissão de títulos, que em 2024 foi de 3,9 trilhões de yuans.
A proposta também destaca a intenção da China de ajustar o volume do estímulo fiscal com base nos resultados das eleições nos EUA. Caso Trump seja eleito, Pequim pode adotar um plano mais robusto em resposta à promessa do candidato republicano de impor tarifas de até 60% sobre produtos chineses.
Ainda que agressivo, o pacote atual representa pouco mais de 8% do PIB chinês, um estímulo significativo, mas menor do que os 13% do PIB mobilizados em 2008 para enfrentar a crise financeira global. Nos mercados, a movimentação de Pequim vem gerando especulação sobre o impacto desse possível pacote de estímulo, que poderia modificar o ritmo econômico global.
O resultado da reunião do NPC será decisivo para definir os próximos passos da economia chinesa e a resposta de Pequim às incertezas internacionais.