Uma nova ferramenta de análise, desenvolvida pela Folha de S.Paulo em colaboração com o Datafolha, busca medir a eficiência das prefeituras brasileiras na prestação de serviços básicos.
Uma nova ferramenta de análise, desenvolvida pela Folha de S.Paulo em colaboração com o Datafolha, busca medir a eficiência das prefeituras brasileiras na prestação de serviços básicos. O Ranking de Eficiência dos Municípios Folha (REM-F) considera o desempenho das cidades nas áreas de saúde, educação e saneamento em relação à receita per capita disponível. O objetivo é identificar quais municípios conseguem oferecer mais com menos recursos.
O levantamento abrange 5.276 municípios, representando 95% do total de cidades brasileiras. As análises são baseadas nos dados públicos mais recentes e padronizados, com exceção de 292 cidades que foram excluídas por falta de informações consistentes.
A eficiência é medida numa escala de 0 a 1, com apenas 3% das cidades atingindo níveis considerados "eficientes". A maioria dos municípios, cerca de 68%, apresenta "alguma eficiência", enquanto 27,5% são classificados como tendo "pouca eficiência" e 1,3% são considerados "ineficientes".
O estudo também revela uma relação entre a composição do PIB local e a eficiência na gestão. Municípios com maior presença dos setores de serviços e indústria tendem a ser mais eficientes, enquanto aqueles onde predominam o setor público e a agropecuária enfrentam mais dificuldades.
Além disso, um aumento significativo no número de servidores, acima de 20% nos últimos sete anos, está associado a uma menor eficiência.
Botucatu, em São Paulo, lidera o ranking ao fornecer serviços de qualidade com recursos limitados. Por outro lado, Bagre, no Pará, aparece na última posição. A ferramenta permite que os cidadãos consultem o desempenho de seus municípios e comparem com outras cidades.
O ranking destaca também a situação das capitais: São Paulo ocupa a 60ª posição, considerada "eficiente", enquanto o Rio de Janeiro está em 1.203º lugar, com "alguma eficiência".