O comissário da agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA), Philippe Lazzarini, alertou nesta segunda-feira (2) que mais de 70% das escolas da entidade foram danificadas ou destruídas, impedindo o início de um novo ano letivo ofuscado pela guerra.
O comissário da agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA), Philippe Lazzarini, alertou nesta segunda-feira (2) que mais de 70% das escolas da entidade foram danificadas ou destruídas, impedindo o início de um novo ano letivo ofuscado pela guerra. "Em Gaza, mais de 70% de nossas escolas estão destruídas ou danificadas. A maioria das nossas escolas são agora abrigos superlotados com centenas de milhares de famílias deslocadas. Elas não podem ser usadas para o aprendizado", denunciou Lazzarini na rede social X. A guerra está dificultando a educação de mais de 600 mil crianças, metade das quais frequentava escolas da UNRWA, e agora são forçadas a viver nos escombros ou amontoadas em tendas, colocando suas vidas em risco todos os dias.
Na Faixa de Gaza, de acordo com os últimos números do Ministério da Saúde local, cerca de 40.800 palestinos já morreram e mais de 94.000 ficaram feridos. Além disso, Lazzarini advertiu que, quando as crianças não podem estudar, elas se tornam presas mais fáceis da exploração infantil ou do recrutamento por grupos armados. "Um cessar-fogo é uma vitória para todos: permitirá uma pausa para os civis, a libertação de reféns e um fluxo de suprimentos básicos muito necessários, inclusive para o aprendizado", acrescentou.
Desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em outubro do ano passado, mais de 500 escolas foram atingidas, de acordo com uma análise da emissora catariana Al Jazeera. Em apenas dez dias de agosto, cinco escolas no norte da Cidade de Gaza foram bombardeadas, matando 179 pessoas. No domingo passado, pelo menos 11 palestinos foram mortos depois que o Exército israelense bombardeou a escola Safad, também na Cidade de Gaza, forçando os serviços de Defesa Civil a evacuar os desabrigados no centro por causa da ameaça de um segundo ataque, segundo argumentaram.
*Com informações da EFE
Publicado por Marcelo Bamonte