Os partidos políticos estão na reta final para a definição dos nomes que irão disputar as eleições municipais deste ano. As legendas têm até segunda-feira (5/8) para definirem os candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereador. Com indecisão em algumas capitais a respeito de apoio partidário, pré-candidatos ainda trabalham na construção de chapas.
Apesar do prazo no fim para as convenções partidárias, o cenário político ainda segue indefinido e cheio de negociações em algumas capitais. Em São Paulo, por exemplo, as articulações seguem em torno de nomes de peso. No Rio de Janeiro, os partidos também buscam alianças para garantir maior número de votos nas urnas.
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Com nome já oficializado pelo PL, o deputado Alexandre Ramagem (PL) segue na articulação política para definir o nome do candidato a vice-prefeito na chapa. O parlamentar busca apoio da ala mais conservadora do eleitorado e mantém a bandeira do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Na última semana, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), indicou o nome de Eduardo Cavaliere, do mesmo partido dele, para concorrer à reeleição na capital fluminense. A chapa de Paes seguiu com grande indefinição ao longo dos últimos meses, com siglas de peso, incluindo o PT de Lula, tentando emplacar um vice.
Em São Paulo, o cenário segue acirrado. Na quinta-feira (1º/8) o deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP) anunciou a saída da disputa à prefeitura da cidade e indicou voto útil no pré-candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB). "Não desisti de disputar as eleições para a Prefeitura de São Paulo. Fui desistido e sabotado pelo meu partido", reclamou o parlamentar a membro do MBL (Movimento Brasil Livre).
A deputada Tabata Amaral (PSB-SP) iniciou a pré-candidatura, em janeiro, com um acordo com o apresentador José Luiz Datena como vice na chapa. No entanto, no decorrer das negociações políticas, a parlamentar já teve a pré-candidatura oficializada pela legenda, mas segue na busca para composição da chapa. Datena, por sua vez, parece disposto a encabeçar chapa pelo PSDB.
Convenções partidárias
O sábado (3/8) começa com a convenção partidária do Novo para oficialização da pré-candidatura do senador Eduardo Girão (Novo-CE) para a Prefeitura de Fortaleza, capital do Ceará. O evento contará com nomes chaves do próprio partido como um aceno à força da indicação, como o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, e do ex-deputado Deltan Dallagnol.
Depois de muita negociação e tentativa de construção de uma candidatura única da esquerda em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, o deputado Rogério Correia (PT-MG) irá oficializar a candidatura no domingo (4/8), com a participação da presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann, e do chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo.
Depois de perder apoio de partidos de esquerda para disputar a Prefeitura de Belo Horizonte e ser atacada pelo companheiro de partido Ciro Gomes, a deputada federal Duda Salabert (PDT-MG) irá oficializar a pré-candidatura no sábado.
Duda e Rogério Correia chegaram a discutir uma candidatura conjunta para concorrer pela capital mineira. No entanto, nenhum dos deputados aceitou ceder a cabeça de chapa e eles deverão disputar um contra o outro.
No último dia das convenções partidárias, o deputado Abílio Brunini (PL-MT) irá oficializar a candidatura à Prefeitura de Cuiabá, capital de Mato Grosso. O parlamentar, no entanto, ainda não indicou o nome do vice-prefeito na chapa.
Depois da escolha dos nomes nas convenções partidárias, os partidos têm até 15 de agosto para registrar os candidatos na Justiça Eleitoral.
Metrópoles