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Rio Grande do Sul

TRE-RS cassa mandato de Maurício Marcon por fraude à cota de gênero

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio Grande do Sul decidiu, nessa terça-feira (16/7), pela cassação do diploma do deputado federal Maurício Marcon (Podemos).


Foto: Brasil de Fato

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio Grande do Sul decidiu, nessa terça-feira (16/7), pela cassação do diploma do deputado federal Maurício Marcon (Podemos). A decisão foi tomada após a Justiça considerar que o partido utilizou uma candidatura laranja para fraudar a cota de mulheres nas eleições de 2022.

Segundo o tribunal, Marcon foi “diretamente beneficiado pela fraude à quota de gênero e pela interferência do poder econômico e dos meios de comunicação social”.

A cassação foi aprovada por unanimidade, com sete desembargadores votando a favor. Além de Marcon, toda a nominata de suplentes do Podemos também teve seus diplomas cassados.

O Metrópoles entrou em contato com o Podemos, mas não obteve respostas. O espaço segue aberto.

Marcon irá recorrer

A defesa de Marcon já anunciou que pretende recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Enquanto isso, o deputado continua no exercício de seu mandato.

Em suas redes sociais, Marcon comentou a decisão, afirmando que recorrerá ao TSE. Ele atribuiu o problema a uma mudança de última hora em uma das candidaturas femininas, que acabou não tendo tempo para participar dos programas de TV do partido.

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“Não conheço a mulher que foi colocada, não participei de campanha dela, nada, simplesmente nada”, declarou em um vídeo.

Se a decisão do TRE for mantida pelo TSE, um novo cálculo do quociente eleitoral será necessário, podendo transferir a cadeira de Marcon a outro partido ou coligação.

Quem é Maurício Marcon

Maurício Marcon, natural de Caxias do Sul (RS), é economista e iniciou sua carreira política como candidato a deputado federal em 2018 pelo partido Novo, mas não foi eleito. Em 2020, foi eleito vereador pela mesma legenda. Em 2022, candidatou-se novamente à Câmara dos Deputados e foi o sétimo mais votado entre os 31 eleitos, com 140 mil votos.

Apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Marcon se define como “cristão, conservador e defensor do liberalismo econômico”. Durante a campanha eleitoral, prometeu lutar por bandeiras como a do “voto impresso/auditável” e do “presidiário não vota”.

Em fevereiro de 2023, Marcon causou polêmica ao comparar a Bahia ao Haiti durante uma live, descrevendo o estado nordestino como um lugar “sujo” e de “pobreza”. A declaração gerou reações de figuras públicas, como o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa, e levou a Polícia Civil a iniciar uma investigação, posteriormente remetida à Polícia Federal.

Marcon defendeu-se alegando que suas palavras foram “maldosamente distorcidas por grupos e pessoas que visam única e exclusivamente destruir a imagem de quem pensa diferente”.

Metrópoles

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