A presença de fotógrafos no Parque Barigui tem gerado polêmica entre os profissionais e a prefeitura. Na última semana, a Guarda Municipal pediu a saída dos trabalhadores do site Foco Radical. Eles ficam sentados em pontos estratégicos do local e tiram fotos enquanto os atletas fazem exercício. Depois, os interessados podem comprá-las na página da empresa.
O fotógrafo Eduardo Henrique dos Santos se sente impedido de trabalhar.
As fotos ficam disponíveis no site da Foco Radical. Algumas dependem de reconhecimento facial para visualização. Ou seja, você precisa tirar uma foto sua e a ferramenta encontra aquelas com o seu rosto. No entanto, algumas das galerias do site permitem acesso a todas as fotos, independentemente do reconhecimento.
A corredora Amanda Fuchs, estudante de Ciências Contábeis, frequenta o parque cinco vezes por semana. Para ela, as fotos foram um incentivo para praticar o esporte.
A atleta defende que os fotógrafos não são um incômodo para os frequentadores do parque.
Na análise do advogado e mestre em Direito das Relações Sociais, Pedro Henrique Costa, existe uma dualidade entre o direito do fotógrafo sobre a foto e o direito de imagem do fotografado. Além disso, ele destaca que os fotógrafos exercem uma atividade econômica em um ambiente público. Para ele, isso exige algum tipo de regulamentação.
Na análise do especialista, não se pode comercializar as fotos tiradas no Barigui sem a autorização direta dos corredores fotografados. Para ele, a situação não é a mesma de quem tira fotos gerais do local, quando não se pode identificar cada um dos participantes, para vender
A reportagem aguarda um posicionamento da prefeitura. Em caso de books fotográficos particulares, as fotos são permitidas com autorização prévia. Os profissionais precisam solicitar de maneira virtual.
Reportagem: Larissa Biscaia
BandNews