O número de internações por queimaduras aumentou 24% no Paraná, segundo dados do DataSUS. Foram 2 mil atendimentos registrados em 2023, contra 1,6 mil em 2022. Se considerado somente o mês de junho marcado pelas festas típicas, o aumento é de 20% (em 2022 foram 113 registros contra 136 no ano passado).
Ainda segundo o levantamento, em 2022 foram realizados 913 acionamentos por queimaduras, com 941 vítimas. Em 2023 foram 1,3 mil acionamentos, com 1,4 mil vítimas – o aumento é de 49% no número de vítimas. Quando comparado somente o mês de junho, são 47 atendimentos com 50 vítimas em 2022 e 107 atendimentos com 107 vítimas em 2023, num aumento de 68%.
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Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), as hospitalizações por queimaduras não crescem à toa nesta época do ano, são reflexo da soltura de balões, uso de líquidos quentes, fogueiras e fogos de artifício.
O secretário da Saúde, César Neves, alerta que o perigo é a ocorrência de queimaduras de segundo grau e que envolvem cabeça, tronco e membros superiores (mãos e braços).
Durante as festas, a orientação é ter cuidado ao manipular bebidas e alimentos com temperaturas elevadas. As queimaduras podem ocorrer durante o preparo e ingestão. As crianças devem se manter longe do local de preparo e os cabos de panelas precisam ser direcionados para a área do fogão.
Além disso, as brincadeiras devem ser realizadas longe de fogueiras para prevenir queimaduras causadas pelas chamas ou nas vias aéreas, pela inalação da fumaça. As fogueiras devem ser posicionadas longe de matas, depósitos de papel ou produtos inflamáveis.
Ao acender fósforos, manter o palito longe do rosto, para não atingir cabelo ou sobrancelha, e lembrar que produtos inflamáveis, como álcool, não devem ser utilizados próximo ao fogo.
Outro cuidado fundamental é observar a origem de fogos de artifícios. Materiais de fabricação caseira não devem ser utilizados.
Reportagem: Leonardo Gomes.
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