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Pacientes do Caps e residências terapêuticas visitam museu em ação da luta antimanicomial

COM ASSESSORIAS – No mês da luta antimanicomial, a área de saúde mental da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) realiza diferentes ações voltadas a usuários e profissionais de 13 Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e duas residências terapêuticas de Curitiba.


Foto: Portal do Servidor - Prefeitura Municipal de Curitiba

COM ASSESSORIAS – No mês da luta antimanicomial, a área de saúde mental da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) realiza diferentes ações voltadas a usuários e profissionais de 13 Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e duas residências terapêuticas de Curitiba.

Nessa quinta-feira (16/5), por exemplo, mais de 260 usuários e profissionais da saúde dos Caps e das residências terapêuticas participaram de uma visita ao Museu Oscar Niemeyer (MON). Os ingressos foram doados pela administração do museu.

"A visita ao MON reflete um modelo assistencial que preconiza o cuidado em liberdade, garantindo os direitos dos usuários, como o acesso à cultura, ao lazer e ao esporte”, disse a coordenadora de saúde mental da SMS, Cristiane Rasera.

Os passeios integram o tratamento oferecido pelos Caps, assim como a assistência clínica e terapêutica. Para a gerente de saúde mental da Fundação Estatal de Atenção à Saúde (Feas), Juliana Czarnobay, “a ressocialização é um dos pilares do tratamento”.

Os Caps realizam periodicamente visitas a parques, cinemas, bibliotecas, teatros, além de promover eventos culturais e esportivos. "A cultura tem essa dupla função: da contemplação e do estímulo às práticas expressivas, além da descoberta de talentos", observou Juliana.

Segundo ela, as atividades em espaços públicos também são importantes para romper preconceitos relacionados à saúde mental.

Além da ida ao museu, estão programadas nos Caps rodas de conversas sobre a luta antimanicomial, exibição de filmes com a temática da saúde mental, além de ações educativas e passeios nos espaços públicos dos distritos em que estão localizados.

A programação é realizada em parceria com as Administrações das Regionais e demais secretarias.

A luta antimanicomial teve início nos anos 1970 e marca o movimento de vários setores da sociedade pelos direitos das pessoas com sofrimento mental, combatendo o isolamento desses pacientes do convívio social.

Trata-se de uma mudança de modelo assistencial, que prioriza a reinserção familiar, no trabalho e na comunidade. O Dia de Luta Antimanicomial é celebrado em 18 de maio.

Impressões

Descontraído, Edson da Cruz Ragazon, 50 anos, aproveitava o passeio para conversar com outros visitantes sobre as obras. Ele passou anos internado em hospital psiquiátrico e hoje fala dos benefícios de morar em uma residência terapêutica, que segue o modelo de cuidado em liberdade.

"Para mim, que não tenho família, poder fazer esses passeios é ótimo", disse. Edson gostou de ver as esculturas. "Passei por todas as exposições, tudo é muito legal", completou.

Em sua primeira visita ao MON, o programador e webdesigner Edmar Luis Neto, de 45 anos, definiu o passeio como uma oportunidade única. “Estar num espaço como esse deixa a mente renovada, trazendo leveza”, contou.

Ele faz tratamento no Caps Matriz há sete anos por transtorno de ansiedade. A visita o motivou a participar de atividades terapêuticas voltadas às artes oferecidas pelos Caps.

Encantada com a primeira visita ao MON, a atendente de telemarketing Lediane Ribeiro, de 32 anos, resumiu a experiência como incrível ao transitar por exposições que abordam o continente africano e o budismo.

“Está sendo um momento de muito conhecimento. Visitei a exposição sobre a arte psicótica e nem imaginava que havia uma expressão artística assim”, revelou, surpresa.

Apreciadora da pintura, Lediane viu na arte uma aliada em seu processo de recuperação. Ela faz tratamento contra depressão há um ano no Caps Boqueirão. “Nos grupos de pintura encontramos a liberdade para nos expressarmos, sem julgamentos, sem culpa”, reconheceu.

A dona de casa Ivanilda dos Santos, de 32 anos, estava acompanhando o filho Mateus, de 14 anos. “Acho importante o envolvimento dos pais no tratamento”, disse Ivanilda.

Ela relatou que Mateus gosta muito de ir ao Caps e sempre comenta sobre a atenção que recebe do psicólogo e a participação nas rodas de conversa.

Mateus, que gosta de desenhar, elegeu as pinturas de Poty como as favoritas da exposição. Comunicativo, ele falou que também é um ótimo desenhista e brincou que seus desenhos do Naruto, seu personagem favorito, até poderiam ser expostos no MON.

Feas

A Feas é uma fundação pública da Prefeitura de Curitiba, ligada à SMS. Administra os Centros de Atenção Psicossocial (Caps), a Unidade de Estabilização Psiquiátrica Casa Irmã Dulce (UEP), os Serviços Residenciais Terapêuticos e outros 28 equipamentos do Sistema Único de Saúde de Curitiba, como o Hospital Vitória e as Unidades de Pronto Atendimento (Upas) Tatuquara, Boqueirão, Fazendinha e CIC.

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