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Enchente em Pelotas atinge nível de 1941; águas recuam, mas ameaça permanece

Pelotas, maior cidade do Sul do Rio Grande do Sul, repetiu os números da grande enchente de 1941.


Pelotas, maior cidade do Sul do Rio Grande do Sul, repetiu os números da grande enchente de 1941. O marco aconteceu no começo da noite do domingo (12), quando o canal de São Gonçalo, que banha a cidade, dividindo-a do município vizinho de Rio Grande, alcançou 2,88 metros, mesmo patamar da inundação de 83 anos atrás. Pelotas tem 24 áreas consideradas de risco.

Nesta segunda-feira (13) à tarde o São Gonçalo recuou para 2,66 metros, mas havia apreensão com a volta das chuvas no meio da semana e o aumento do nível do Guaíba, que passou novamente dos cinco metros, superando em dois metros a cota de inundação. É um mau sinal dado que toda essa água vai chegar às cidades do Sul do estado, localizadas junto à Lagoa dos Patos.

Sol retorna amanhã mas quinta e sexta preocupam

A praia do Laranjal, às margens da lagoa e a 8 km do centro de Pelotas é uma das áreas mais afetadas do município. Lá, os moradores de dois balneários – Santo Antonio e Valverde, ambos de classe média – tiveram que abandonar suas casas.

O trapiche, ponto turístico do Laranjal, desabou. A estrutura já havia sido avariada na enchente de setembro de 2023 e foi reformada e reinaugurada em janeiro passado, mas cedeu novamente.

Para amanhã (14) e quarta-feira, a previsão da MetSul Meteorologia indica dois dias com sol no Rio Grande do Sul. Porém, a instabilidade deve retornar na quinta e na sexta-feira, embora com precipitação bem inferior à ocorrida nos últimos dias.

Em Rio Grande, distante 55 km de Pelotas, o nível da Lagoa dos Patos está 22 cm acima do cais, de acordo com o boletim de monitoramento emitido pela prefeitura às 17h15 de hoje (13). O município identificou 30 áreas de risco, abriu nove abrigos e tem mais 11 em preparação.

Ponte abalada e tremores de terra

Em outra região gaúcha, a Serra do Nordeste, a chuvarada aumentou o caudal do rio Caí e interrompeu o tráfego na BR-116, no km 174, entre Caxias do Sul e Nova Petrópolis. Há risco de colapso dos pilares da ponte sobre o Caí, segundo alerta do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).

Ainda em Caxias do Sul, moradores dos bairros Madureira, Jardim América, Universitário e Pio X relataram ter sentido a terra tremer durante a madrugada. Houve quatro pequenos tremores – magnitude entre 2,3 e 2,4 – também detectados nos municípios próximos de Bento Gonçalves e Pinto Bandeira.

Em Gramado, um trecho da rua Henrique Bertolucci, no bairro Piratini, partiu-se ao meio abrindo uma cratera e abalando várias casas. É consequência da pesada e contínua infiltração da água sob o asfalto da via, situada junto a um morro.

Segundo a prefeitura, há 16 locais de risco com ordem de evacuação. Gramado já registrou sete mortes devido ao deslizamento de encostas e tem 974 desabrigados.

Brasil de Fato

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