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A defesa do empresário Raul Ferreira Pelegrin, de 41 anos, que foi preso por cortar a corda de um trabalhador no bairro Água Verde, em Curitiba, afirmou que no dia anterior a morte Pelegrin foi espancado na Casa de Custódia de Piraquara e, por isso, precisou ser encaminhado às pressas a Unidade de Pronto Atendimento de Piraquara. Os representantes disseram ainda que a Secretaria de Segurança Pública escondeu esse fato da família e que é necessário um esclarecimento.
O espancamento aconteceu por volta das 12h30 do dia 3. Pelegrin foi encaminhado a UPA e retornou à cadeia, onde passou mal novamente e foi encaminhado ao Hospital Angelina Caron para, segundo o Departamento Penitenciário do Paraná (Deppen), tratar um quadro de pneumonia. Ele morreu no dia 6 em decorrência de uma sepse pelo quadro respiratório. Para a defesa, causa estranheza ninguém ser informado sobre as agressões e isso precisa ser investigado.
"Havíamos feito o pedido de informações sobre as agressões, mas isso foi negado. Conseguimos via judicial e consta que ele foi brutalmente espancado, na véspera da morte. As agressões foram tantas que foi necessária a ida dele à UPA, mas isso era escondido", afirmou o advogado Adriano Bretas, que representa a família de Pelegrin.
O advogado afirmou ainda que tomará as medidas necessárias para esclarecer porque este dado era escondido pelos órgãos de Segurança. "Pedimos a abertura de um inquérito policial para apurar as circunstâncias da morte. Estamos indo à Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), Ministério Público do Paraná, Secretaria de Segurança Pública e Sistema Judiciário para todas as medidas necessárias", concluiu Bretas.
O Portal Nosso Dia entrou em contato com o Deppen que inicialmente negou as agressões a Pelegrin. O Nosso Dia informou que havia um documento oficial confirmando as agressões e aguarda um novo posicionamento.
O caso
O morador de uma cobertura na Av. Silva Jardim, no bairro Água Verde, em Curitiba, estava irritado com o serviço de limpeza da fachada do prédio. Esse teria sido o motivo para ele cortar a corda de um trabalhador, que estava limpando o 6° andar, a 18 metros de altura do chão.
Segundo o Ministério Público do Paraná (MPPR), a vítima só não sofreu uma queda, que poderia ser fatal, porque um dispositivo de segurança o salvou. O autor da tentativa de homicídio foi preso em flagrante após o crime e acabou morendo nesta sexta-feira.
Estava de saco cheio
Conforme o BO, divulgado pela RPC TV, o morador da cobertura, no 27° andar, havia ameaçado os funcionários que faziam a limpeza. Uma testemunha afirmou que o homem deu 10 minutos para eles sumirem, porque estava de 'saco cheio'.
Logo após o corte da corda, os policiais foram acionados e precisaram arrombar a porta do apartamento da cobertura, onde o suspeito foi reconhecido pela vítima. Uma faca e um pedaço de corda cortada foram apreendidos.
Nosso Dia