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Aluna da USP que desviou R$ 1 milhão de formatura vira ré por golpe em lotérica

A aluna de medicina Alicia Dudy Muller Veiga, de 26 anos, que confessou ter desviado quase R$ 1 milhão destinados à formatura de sua turma na Universidade de São Paulo (USP), tornou-se ré, novamente, acusada de desviar R$ 192,9 mil de lotérica em São Paulo.


A aluna de medicina Alicia Dudy Muller Veiga, de 26 anos, que confessou ter desviado quase R$ 1 milhão destinados à formatura de sua turma na Universidade de São Paulo (USP), tornou-se ré, novamente, acusada de desviar R$ 192,9 mil de lotérica em São Paulo. A denúncia foi aceita pela juíza da 32ª vara Criminal da Capital, e o caso segue sob sigilo judicial desde novembro de 2023.

Alicia foi acusada de estelionato após manipular transações na lotérica. Ela fez apostas de R$ 891,53 mil, mas, ao pagar, transferiu apenas R$ 891,53 via pix, apesar de mostrar um extrato sugerindo o pagamento completo.

O golpe só foi notado pela gerente da lotérica após as apostas terem sido formalizadas. A polícia indicou que, apesar de algumas perdas, Alicia conseguiu ganhar R$ 366,6 mil em prêmios, o que sugere uma tentativa de lavar o dinheiro desviado da formatura.

Segundo o Ministério Público de São Paulo, a estelionatária solicitou R$ 891,5 mil em apostas. Ela afirmou que estaria realizando transferências via Pix para a lotérica. Quando o valor das apostas já totalizava R$ 193,8 mil, a gerente do estabelecimento constatou que Alicia havia feito apenas um agendamento da quantia. Desconfiados, os funcionários pediram o comprovante para a estudante. Ela, então, apresentou um extrato de transferência no valor de R$ 891,50 e saiu do local.

A juíza da 32ª Vara Criminal da capital afirmou que há prova de materialidade e indícios suficientes de autoria por parte de Alicia.

Veja a cronologia do caso:

Aluna de medicina: relembre estelionato na USP

Aluna da USP, Alicia era vista como uma estudante prodígio e tinha confiança de professores e colegas (Foto: Reprodução)

Alicia nasceu em Itararé (455 km de São Paulo) e foi adotada ainda pequena por um casal com um filho 19 anos mais velho que ela. Os quatro viviam em um sobrado na Vila Gumercindo, perto da estação Alto do Ipiranga, na zona sul da capital.

Enquanto o pai, Orlando Muller, 68, mantém uma pequena oficina no térreo da casa onde a família mora, a mãe, Cristina Dudy Muller, 67, prepara marmitex no segundo andar para vender na vizinhança.

Parecia um caso exemplar de superação: de origem humilde, prestou vestibular quatro vezes para, aos 20 anos, vencer 16 mil concorrentes e ingressar na Faculdade de Medicina da USP, onde em pouco tempo assinou artigos científicos e virou braço direito de professores.

Seu plano era se especializar em neurocirurgia ou cirurgia oncológica. Sua vida acadêmica, porém, foi tomando outros rumos à medida que se envolvia com trabalhos na USP. Na pandemia, se voluntariou para pesquisas sobre a covid-19, o que lhe rendeu participação em artigos sobre intubação de pacientes.

Alicia também ajudava médicos já formados em fase de especialização. O médico que estava muito atarefado com o plantão entregava a ela, considerada “fora da curva”, parte da pesquisa, como coleta de material para doutorado. Esse trabalho acabou lhe rendendo experiência, conhecimento e ajuda de custo.

Quando ela apareceu de carro novo, último modelo do iPhone e apartamento mobiliado, todos acharam que o sucesso da menina-prodígio tinha apenas começado. Em janeiro de 2023, no entanto, Alicia confessou o desvio dos fundos da formatura, justificando sua ação pela alegada má administração da empresa originalmente contratada para gerir o evento.

Um mês depois, a Justiça negou pedido de prisão preventiva contra a estudante, concordando com o MP que reclassificou o caso de apropriação indébita para estelionato. O parquet também solicitou uma listagem detalhada dos prejuízos individuais dos alunos afetados.

 

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