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Desabamento em supermercado: três serão indiciados por homicídio e lesão corporal, diz Polícia Civil

Na última segunda-feira (22) completou um mês que um dia de alegria se transformou em tragédia, em Pontal do Paraná.


Na última segunda-feira (22) completou um mês que um dia de alegria se transformou em tragédia, em Pontal do Paraná. Três funcionárias do supermercado aberto ao público naquele mesmo 22 de março perderam a vida ao serem atingidas por escombros de lajes que suportavam as toneladas contidas em seis caixas d'água. Outras 12 pessoas ficaram feridas.

Laje de 50 m² desabou com caixas d’água na área da panificadora do mercado. Foto: Reprodução

Sobre a área dos fundos do Super Rede do balneário Canoas ficavam os 75 mil litros de água que, segundo informou nesta quarta-feira (24) o delegado responsável pelas investigações do caso, Jader Roberto Ferreira Filho, vazaram desde a véspera da inauguração.

"Em depoimento, uma testemunha contou que avisou [aos responsáveis] que no dia 21 de março, ou seja, um dia antes da tragédia, dia esse no qual as caixas d’água foram enchidas, que estavam vazando água de forma frequente. O vazamento perdurou, vazou por todo o dia e nada foi feito, nenhuma medida foi adotada", disse o delegado.

Os responsáveis

Também de segundo o delegado Jader Ferreira, ainda que o inquérito dependa de laudos periciais para ser encerrado, pelo menos três pessoas serão indiciadas por homicídio culposo (quando não há a intenção de matar) e lesão corporal: o proprietário da construtora, o proprietário do supermercado e o responsável pela obra.

"A Polícia Civil do Paraná pode afirmar de forma veemente que os três indivíduos responsáveis por tal tragédia serão indiciados por homicídio culposo, por três homicídios culposos e várias lesões corporais", afirmou.

O delegado ressaltou que houve negligência por parte de quem conduziu a obra.

"Será responsabilizado pela sua imperícia na montagem dos pré-moldados. Tal responsabilidade será devidamente demonstrada e comprovada por meio de laudo pericial a ser concluído pela Polícia Científica do Estado do Paraná", completou.

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Segue interditado

O local onde aconteceu o desabamento segue interditado. O JB Litoral procurou o proprietário da rede de supermercados Super Rede, Eduardo Dalmora, mas não obteve resposta até o fechamento desta reportagem.

No último dia 9, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) confirmou que fiscalizou o local, ainda em obras, em novembro do ano passado, como parte das ações de rotina do Conselho, e que encontrou irregularidades.

Como parte dos trabalhos, foram gerados dois relatórios de fiscalização, um relacionado ao projeto e execução da obra, e outro específico relacionado ao programa de gerenciamento de riscos, necessário para a segurança do trabalho.

Segundo o Crea, no que estava diretamente relacionado à obra foi constatada a responsabilidade profissional do engenheiro civil e demais profissionais envolvidos. A fiscalização verificou uma irregularidade (a falta de ART – Anotação de Responsabilidade Técnica, que indica o responsável pelo projeto e execução da obra da estrutura) com relação à execução da estrutura de concreto pré-fabricado e o proprietário foi notificado.

No caso da Segurança do Trabalho foi entregue um comunicado orientativo indicando a necessidade do Programa de Gerenciamento de Riscos, que não havia sido identificado naquele momento, detalhou o Crea.

JB Litoral

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