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Tomazina

Criança de 2 anos é esquecida em ônibus escolar por três horas no PR: 'Hoje meu filho poderia estar morto'

Menino foi encontrado desidratado e ofegante pelos funcionários. Caso será investigado pela polícia. Secretaria de Educação de Tomazina, no norte pioneiro, abriu uma sindicância para apurar o caso.


Criança de 2 anos é esquecida em ônibus escolar e resgatada após três no PR �- Foto: Arquivo pessoal

Uma criança de 2 anos foi esquecida em um ônibus escolar municipal por cerca de três horas até ser resgatada por funcionários da Prefeitura de Tomazina, no norte pioneiro do Paraná. O caso aconteceu na terça-feira (21).

Segundo a mãe da criança, Anamélia Soares da Rosa, o menino estuda pela manhã no Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Maria José de Andrade Vieira e tem aulas à tarde na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae).


"Hoje meu filho poderia estar morto. Ele só não está morto porque, graças a Deus, não estava calor igual fez na semana passada", falou.


Após a aula no CMEI, a criança estava sendo transportada à APAE, mas o motorista não viu o filho de Anamélia e retornou com o ônibus para a garagem.


Depois de quase três horas, uma professora percebeu que a criança não estava na unidade e resolveu ligar para o motorista, que encontrou o menino dentro do veículo.


"Meu filho estava todo suado, acuado e desidratado", contou a mãe.


A criança foi encontrada com escoriações no braço, segundo professores da APAE. Ela foi encaminhada para o médico onde foram realizados exames.


Procurado pelo g1, o secretário de educação do município, Fávio Santos Fantanelli, disse que foi aberta uma sindicância para apurar o fato e identificar os responsáveis.


No dia, não havia monitores dentro do transporte, segundo o secretário, que afirmou que vai apurar o que ocorreu.


Trauma e medo

Anamélia conta que sai cedo para trabalhar em uma cidade vizinha e volta à noite para casa. A avó fica responsável por pegar diariamente o menino no ponto de desembarque após a aula.


Ela relatou que o filho dela, que tem acompanhamento médico com diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA), está com medo de se aproximar do ônibus.


"Ele fala que está com medo do ônibus. Ele diz 'medo ônibus, medo ônibus'. Ele amava andar de ônibus, agora ele está com medo", disse.


Caso foi parar na delegacia

Na manhã desta quarta-feira (22), Anamélia registrou Boletim de Ocorrência (B.O) na Polícia Civil, que informou que vai investigar.


"Eu acredito na Justiça, mas tenho medo. Sou sozinha, não tenho ninguém por mim. Vim de uma família muito pobre. A corda sempre arrebenta para o lado mais fraco. Eu não quero que isso aconteça com a criança de ninguém", falou.


Além disso, a denúncia foi registrada no Ministério Público do Paraná (MP-PR).

G1

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