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Oriente Médio

Em cúpula islâmico-árabe, líderes pedem solução imediata para o conflito em Gaza

Durante cúpula extraordinária realizada no último fim de semana que reuniu a Liga Árabe e a Organização para a Cooperação Islâmica (OCI) em Riad, a capital saudita, países árabes, muçulmanos e o presidente iraniano rejeitaram a alegação de legítima defesa de Israel em suas ações militares iniciadas há mais de um mês na Faixa de Gaza.


Durante cúpula extraordinária realizada no último fim de semana que reuniu a Liga Árabe e a Organização para a Cooperação Islâmica (OCI) em Riad, a capital saudita, países árabes, muçulmanos e o presidente iraniano rejeitaram a alegação de legítima defesa de Israel em suas ações militares iniciadas há mais de um mês na Faixa de Gaza.

Os líderes islâmicos e árabes presentes condenaram os ataques, desencadeados em 7 de outubro como resposta aos atos terroristas do Hamas, e instaram o Tribunal Penal Internacional (TPI) a investigar os supostos “crimes de guerra e contra a humanidade” cometidos por Tel Aviv nos territórios palestinos, conforme destacado em comunicado conjunto, repercutiu a agência Reuters. É a primeira vez em uma década de guerras e rebeliões em que o país anfitrião, Egito, Irã, Palestina, Turquia e Síria estão juntos.

Na declaração final, as lideranças também pressionaram o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) a adotar uma resolução decisiva para deter a alegada “agressão” israelense. O documento ainda pediu o fim das vendas de armas a Israel e descartou qualquer futura resolução política que mantivesse Gaza separada da Cisjordânia.

Arábia Saudita sediou cúpula conjunta da Liga Árabe e da Organização da Cooperação Islâmica (Foto: Arab League/Reprodução X)

As manifestações foram duras. O príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, condenou firmemente a “guerra bárbara” contra os palestinos, destacando o fracasso do Conselho de Segurança e da comunidade internacional em conter as violações israelenses das leis internacionais.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, destacou que a omissão global diante dessa brutalidade “envergonha a todos”.

Já o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, denunciou uma “guerra genocida” e instou os Estados Unidos a interromperem a “agressão” israelense. O líder iraniano, Ebrahim Raisi, elogiou o Hamas pela resistência contra Israel, apelando aos países islâmicos para imporem sanções petrolíferas e comerciais ao Estado judeu.

Raisi acrescentou que, em sua visão, a única solução para o conflito seria um Estado palestino abrangendo toda a região “do rio ao mar” – que abrangeria a totalidade da área geográfica entre o rio Jordão e o Mar Mediterrâneo –, o que implica na eliminação do Estado de Israel, repercutiu o jornal Times of Israel.

Em resposta à devastação em Gaza, países como Argélia e Líbano propuseram ameaças de interrupção do fornecimento de petróleo a Israel e aliados, além da sugestão de cortar laços econômicos e diplomáticos de algumas nações árabes com Tel Aviv.

Mas a cúpula também destacou divergências regionais na maneira de lidar com a guerra, revelando que algumas nações se posicionaram contra medidas mais rigorosas, como a restrição de voos de e para Israel utilizando o espaço aéreo dos países árabes e a proposta de cortar todos os laços com Israel. Foi o caso de Egito, Jordânia, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Sudão, Marrocos, Mauritânia e Djibuti.

A reunião conjunta planejada entre a Liga Árabe e a OIC, composta por 57 membros, incluindo o Irã, foi resultado da falta de consenso nas delegações da Liga Árabe para uma declaração final, conforme informado por diplomatas à agência AFP.

A ofensiva de Israel contra a infraestrutura do Hamas em Gaza resultou em mais de 11 mil mortes, segundo o Ministério da Saúde controlado pela organização político-militar islâmica na região. O número não pode ser verificado de maneira independente.

Israel afirma ter como objetivo destruir o Hamas, acusando o grupo de usar civis como “escudos humanos”.

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