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Insanidade mental

Justiça determina que homem que esfaqueou clientes de bar em Curitiba faça exame de saúde mental

Processo fica suspenso até a apresentação do laudo, o que ainda não tem data para ocorrer. João Guilherme Pacheco Flores está preso. Uma das vítimas morreu.


Homem atacou clientes de bar com faca na madrugada de sábado (22), em Curitiba �- Foto: RPC

A Justiça determinou que o homem que esfaqueou quatro pessoas em um bar de Curitiba passe por um "exame de insanidade mental" e suspendeu o processo contra ele até que o laudo seja apresentado.

Segundo o Código de Processo Penal, o exame é determinado para tirar dúvidas sobre a saúde mental do envolvido e confirmar se ele era ou não inimputável à época do caso julgado, ou seja, se tinha condições de entender que estava cometendo um crime.


A decisão é da juíza Mychelle Pacheco Cintra Stadler, da 1ª Vara Privativa do Tribunal do Júri, e foi tomada no dia 17 de setembro.


João Guilherme Pacheco Flores, de 27 anos, é réu por homicídio e três tentativas de homicídios - todos triplamente qualificados - de clientes do bar Distrito 1340 em julho deste ano.


Uma das vítimas atingidas, o empresário Mauri José Glus, de 49 anos, morreu no local. As outras três foram encaminhadas a hospitais, mas sobreviveram ao ataque, que foi flagrado por câmeras de segurança do estabelecimento.


Na decisão, a juíza disse que o pedido do exame foi apresentado pela defesa de Flores. O advogado justificou a necessidade da análise pelo "histórico psiquiátrico do acusado, que inclui episódio de tentativa de suicídio".


De acordo com o advogado de defesa de Flores, Khalil Vieira Proença Aquim, o Ministério Público afirma no processo que o acusado já teria algum tipo de transtorno mental.


"Além disso, [Flores] disse na delegacia que estava sob efeito de medicamentos e fazia acompanhamento psiquiátrico. Isso precisa ser esclarecido a partir de um exame de insanidade mental", explicou o advogado nesta terça-feira (26).


Na decisão, a juíza também cita argumento da defesa de que "o suposto cometimento do delito" foi fruto da intenção suicida de Flores.


O pedido do exame de insanidade mental foi analisado pelo Ministério Público, que concordou com a medida.


Com a determinação judicial, o processo fica suspenso até que o exame seja feito, o que ainda não tem data para ocorrer.


O crime

João Guilherme Pacheco Flores é réu por homicídio e três tentativas de homicídios, todos os crimes triplamente qualificados. Ele está preso preventivamente.


Testemunhas ouvidas pela RPC afirmaram que um segurança do bar pediu para Flores deixar o local após ele ter acendido um cigarro.


Outra mulher, que estava no estabelecimento no momento do ataque, contou que o homem chegou com uma mochila, onde estariam as facas.


De acordo com a Polícia Civil, Flores entrou no bar com seis facas.


Quem era o empresário morto

Segundo familiares, Mauri José Glus era natural de Curitiba e gostava de viajar de motocicleta.


Ele não tinha filhos e foi enterrado um dia após o crime. Nas redes sociais, dizia que prestava serviços para empresas internacionais nos últimos 22 anos na área de Tecnologia da Informação.

G1

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