Portal de Notícias Administrável desenvolvido por Hotfix

Cotidiano

Faustão: a falta de doadores dificulta transplantes de coração

Atualmente, 378 pessoas esperam na fila para receber um transplante de coração


Atualmente, 378 pessoas esperam na fila para receber um transplante de coração no Brasil: entre elas, desde domingo (20), está o apresentador de TV Fausto Silva, o Faustão. Ele foi incluído na fila por uma grave insuficiência cardíaca. A doença é uma das que mais levam à necessidade de transplante, assim como entupimentos graves e arritimias severas.

Embora a fila de pacientes que precisam de transplante de coração seja pequena quando comparada às cerca de 65 mil pessoas que esperam por outros órgãos e medula óssea no país, ela não está perto de ser zerada. No Brasil, o tempo de espera para receber um coração é de, em média, 12 meses. Em alguns casos, pode chegar a até 2 anos.

No primeiro semestre deste ano, foram feitos 206 transplantes de coração no Brasil. Ainda que o número seja 16% maior em relação ao registrado no mesmo período do ano passado, ainda não foi possível superar os impactos da pandemia de Covid-19, quando os procedimentos foram praticamente congelados.

No ritmo atual, especialistas avaliam que seria necessário ao menos o dobro de cirurgias para combater a demanda reprimida pelo órgão.

"A principal dificuldade é encontrar doadores. Temos vários centros de saúde no Brasil que são capazes de realizar o procedimento, muitos médicos qualificados e um sistema integrado de filas que permite organizar o transporte dos órgãos. Entretanto, ainda há poucas pessoas interessadas em doar", aponta o cardiologista Roberto Kalil, diretor do InCor e da cardiologia do Sírio-Libanês em São Paulo.

E não basta querer: existe uma série de critérios que restringe as doações, especialmente no caso de mortes violentas.

Além disso, doar órgãos é basicamente uma decisão da família do indivíduo que acaba de morrer. Um dos fatores que ainda mantém o número de doadores baixo é a dificuldade dos parentes de fazer a escolha: não há muito tempo para pensar depois de atestada a morte cerebral e, diante da pressão, muitos não entram em consenso.

Sem a autorização dos familiares, mesmo que haja uma documentação atestando a vontade prévia do paciente de doar seus órgãos, o procedimento não pode ser feito.

"Quem se interessa por doar deve deixar muito claro para a família a vontade em todas as oportunidades, para que isso já seja um ponto pacífico no momento do questionamento. Todo procedimento de doação é complexo e é uma corrida contra o relógio", diz Kalil.

A espera por um transplante de coração

A fila do transplante é organizada por diversos critérios. O tempo de espera é um deles. Encontrar um órgão compatível, no entanto, também pode ser um desafio dependendo do tamanho corporal e do tipo sanguíneo de quem espera a doação.

A gravidade do quadro clínico é o principal determinante para que o indivíduo avance posições e consiga reduzir a espera. "Muitas vezes, enquanto aguarda o transplante cardíaco, o paciente tem uma piora. Em casos como este, a posição da pessoa é atualizada na fila e ela ganha preferência", explica Kalil.

Segundo o cardiologista, porém, mesmo os casos de prioridade máxima precisam esperar até que se encontre um doador. "Até para pacientes que já estão usando o coração artificial, a última alternativa antes dos transplantes de coração, o tempo de espera pode chegar a três meses", afirma o especialista.

Com informações do Metrópoles

A Rede

Cotidiano

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!