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Hacker da Vaza Jato

Delgatti apresenta à PF mensagem que seria comprovante de pagamento em torno de R$ 40 mil por Zambelli

Delgatti foi convocado para dar depoimento na sede da PF em investigação sobre a invasão do sistema do CNJ e a inserção de documentos falsos


Hugo Barreto/Metrópoles

Walter Delgatti Neto, conhecido como "hacker da Vaza Jato", prestou depoimento na sede da Polícia Federal (PF), em Brasília (DF), na tarde desta quarta-feira (16/8). De acordo com a defesa do hacker, ele apresentou cópia de uma conversa com assessores da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) que comprova o pagamento em torno de R$ 40 mil a Delgatti.

"Ele traz provas de que recebeu valores da Carla Zambelli. Segundo o Walter, o valor chega próximo a R$ 40 mil. Foi próximo a R$ 14 mil em depósito bancário. O restante, em espécie. [Para] invadir qualquer sistema do Judiciário", disse o advogado Ariovaldo Moreira, que representa o hacker.

Delgatti, conforme a defesa, manteve a mesma versão de depoimento anterior à corporação, em São Paulo, no início deste mês. Além disso, apresentou novas provas para comprovar sua versão.

Anteriormente, Delgatti apontou Zambelli como mandante e financiadora da invasão de sistemas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) de setembro a dezembro de 2022. Moreira também confirmou que se encontrou com Bolsonaro no Palácio da Alvorada e que ele teria perguntado se, com o código-fonte, Delgatti conseguiria invadir urnas eletrônicas.

Moreira disse que o hacker e sua defesa ainda não decidiram se Delgatti vai falar ou ficar calado na CPMI sobre os atos de 8 de janeiro, nesta quinta.

Em relação à possibilidade de Delgatti fechar um acordo de delação premiada com a Polícia Federal, Ariovaldo Moreira disse que, "neste momento", não ocorreu nenhum avanço nesse sentido.

Delgatti está preso desde o dia 2 de agosto. Ele é investigado por invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserir documentos falsos.

A polícia também investiga se o hacker se reuniu com pessoas ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no ano passado, com o objetivo de deslegitimar as eleições de 2022.

Uma das pessoas que teria se reunido com Delgatti e negociado a contratação de trabalhos do hacker foi a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP).

O hacker chegou a Brasília em uma aeronave, escoltado de Araraquara (SP), onde está preso. Ele deve dormir na superintendência da PF, antes de depor na CPMI.

Em nota enviada ao Metrópoles, a defesa da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) disse que só se manifestará sobre o caso após o "integral conhecimento do conteúdos dos autos – o que ainda não aconteceu". Leia a íntegra abaixo:

"A defesa da deputada Carla Zambelli reitera que somente se manifestará após integral conhecimento do conteúdo dos autos- o que ainda não aconteceu, inclusive de referido depoimento, porém reforça e rechaça qualquer acusação de prática de conduta ilícita e imoral pela parlamentar, inclusive, negando qualquer tipo de pagamento ao mencionado hacker."

Metropoles

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