Saúde

Brasil registra 1.344 mortes por covid-19 em 24 horas

Por Brasil de Fato

28/07/2021 às 22:28:18 - Atualizado há

O Brasil registrou nesta quarta-feira (28) mais 1.344 mortes pela covid-19 em um período de 24 horas, chegando a 553.179 vítimas do vírus. O país está praticamente a um dia de bater os 555 mil mortos pela pandemia desde o início do surto, em março do ano passado. Foram 48.013 novos infectados no período, totalizando 19.797.086 . Se por um lado os números de contágios e óbitos recuam enquanto a vacinação avança, os patamares seguem entre os mais elevados do mundo.

De acordo com boletim da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em 13 dos 27 estados da federação ao menos uma região mostra tendência de crescimento no número de casos. Todas as capitais encontram-se com transmissão comunitária em nível alto, muito alto ou extremamente alto, diz a instituição. Sete delas com tendência de piora: Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, Porto Alegre, Porto Velho, Rio Branco e Rio de Janeiro. Em 14 outras capitais, a tendência é de recuo, e, em seis, de estabilização.

A média móvel de mortes está no menor patamar desde 22 de fevereiro, com 1.082 vítimas a cada um dos últimos sete dias. O país tem 19,33% da população imunizada com duas doses e 50,49% já recebeu a primeira. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta para a necessidade acima de 80% da população totalmente vacinada para controle do surto. Ainda há escassez de vacinas no país e grandes cidades seguem com calendário incerto.


Números da pandemia de covid-19 no país em 28 de julho de 2021 / Conass

Em São Paulo, isolamento vai acabar em 1º de agosto

Cientistas afirmam que o cenário inspira cautela e medidas não farmacológicas seguem necessárias, como distanciamento social e uso de máscaras. O avanço da mutação delta do coronavírus deve pressionar o número de casos nas próximas semanas. A OMS alerta que a cepa viral, de alta transmissibilidade, deve se tornar dominante em todo o mundo. No Brasil, a cepa gamma, ou P1, segue sendo a de maior circulação.

No caminho oposto ao recomendado, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta quarta o fim das já frágeis e pouco efetivas medidas de segurança sanitária que vigoram no estado – de longe o de maior número de óbitos e casos no país.

A partir do primeiro dia de agosto, estabelecimentos poderão receber 80% de ocupação; hoje o limite é de 60%. O horário de funcionamento também foi estendido, inclusive para bares, das 23h para 0h. Doria também apontou que, a partir do dia 17, a tendência é de liberar todas as restrições ainda vigentes.


Aliados durante as eleições de 2018, Jair Bolsonaro e João Doria são, atualmente, inimigos políticos. O governador de São Paulo tem histórico de ações no sentido de desmantelar o Sistema Único de Saúde (SUS), e, consequentemente, a saúde pública. LEIA MAIS / Divulgação/PSDB

O governo usa como fundamento o que considera "bons indicadores" da covid em São Paulo das últimas semanas. "As permissões anunciadas nesta quarta foram balizadas pelo atual cenário do controle da pandemia em São Paulo. Indicadores da Secretaria da Saúde mostram reduções consistentes nas médias diárias de novos casos (-20,6%), internações (-18,3%) e mortes (-9,6%) provocadas pelo coronavírus em todo o estado", afirma a secretaria de Saúde.

Entretanto, o indicador da Fiocruz aponta que o índice de contaminação por covid em todo o estado de São Paulo segue como "extremamente alto", com exceção do Vale do Ribeira e a Baixada Santista que estão com índice "alto".

"O contexto evidencia a necessidade de manutenção de medidas de mitigação da transmissão. É fundamental manter cautela em relação a medidas de flexibilização das recomendações de distanciamento para redução da transmissão da covid-19, enquanto a tendência de queda não tiver sido mantida por tempo suficiente para que o número de novos casos atinja valores significativamente baixos", afirma o pesquisador da Fiocruz Marcelo Gomes.

"Também há a necessidade de reavaliação das flexibilizações já implementadas nos estados com sinal de retomada do crescimento ou estabilização ainda em patamares elevados", completa o pesquisador.

Sem cuidado

A variante delta derruba a eficácia das vacinas, em especial das primeiras doses. Além disso, estudos apontam que ela é até 70% mais transmissível. Nos Estados Unidos, após a suspensão do distanciamento social e do uso de máscaras, foi observado um aumento de 131% no contágio do vírus no último mês. Também aumentaram as mortes. Entretanto, o Centro de Controle de Doenças do país (CDC), aponta que 93% das mortes são de pessoas que recusaram a se vacinar.

Diante deste problema, o governo norte-americano retomou a orientação para uso de máscaras de todos, inclusive vacinados. O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, estuda uma "premiação" de 100 dólares para quem se vacinar. O país conta com ampla oferta de vacinas, mas uma onda de mentiras nas redes sociais sobre a segurança dos imunizantes leva muitos norte-americanos a recusarem a vacinação e consecutivamente, cresce o número de óbitos naquele país

No entanto, a medida de De Blasio foi criticada, por outro lado, por premiar atrasados na vacinação em detrimento dos que tomaram assim que puderam.

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