Todos os oitos trabalhadores haitianos que morreram na explosão da C.Vale, em Palotina, eram terceirizados. Eles eram vinculados a um sindicato de Toledo, também no oeste do Paraná, e cedidos à cooperativa conforme a demanda. A única vítima com vínculo empregatício fixo era o assistente operacional Saulo Batista.
As informações foram confirmadas pelo Ministério Público do Trabalho, que acompanha as investigações e entrou em acordo com a C.Vale para que a cooperativa arcasse com os custos das famílias, tanto para o caso do brasileiro quanto para os haitianos.
O procurador do trabalho Renato Dal Ross afirma que espera o resultado da perícia técnica sobre a explosão para determinar os próximos rumos da apuração:
Veja mais:
Segundo o Ministério Público do Trabalho, a promotoria entrou em acordo com a C.Vale para que a cooperativa arcasse com os custos de velórios, sepultamentos e cremações. No caso dos sobreviventes, a empresa também deve garantir condições financeiras que os familiares possam acompanhar de perto a evolução dos feridos. O MPT também defende que todas as famílias sejam indenizadas:
A operação de resgate foi encerrada nesta segunda-feira (31), após cerca de 120 horas de trabalhos ininterruptos. O tenente-coronel Rogério Lima de Araújo, do Corpo de Bombeiros, explica que a ação foi dificultada porque o túnel onde os mortos estavam não estava acessível, nem pela entrada, nem pela saída:
A tragédia no parque industrial da C.Vale deixa um saldo de nove mortos e 11 feridos. A causa das explosões nos silos de armazenagem de grãos ainda não foi informada. Em nota, a cooperativa diz que colabora com as investigações e que presta apoio às famílias das vítimas.
Reportagem: Angelo Sfair
BandNews