Conteúdo adaptado de material publicado originalmente pela ONU News
O aumento da violência no leste da República Democrática do Congo deslocou quase um milhão de pessoas desde janeiro, segundo a Organização Internacional para Migrações (OIM).
A estimativa da agência é de que 6,1 milhões estejam deslocados internamente, um aumento de 17% em relação a outubro de 2022. A OIM afirma que civis foram mortos ou forçados a fugir de suas casas devido aos conflitos e ataques de grupos armados.
Numa das ações mais recentes, pelo menos 46 pessoas perderam a vida no ataque a um acampamento para deslocados na província oriental de Ituri, no último domingo (11). A OIM condenou o crime, que teria sido realizado pela Cooperativa para o Desenvolvimento do Congo (Codeco), uma coalizão de milícias.
O diretor do Departamento de Emergências, Federico Soda, afirma que este recente ataque é uma prova dos perigos intoleráveis que as pessoas deslocadas na RD Congo enfrentam diariamente. Ele adiciona que as agressões são uma violação do direito humanitário internacional e lembra que violência contra civis podem configurar crimes de guerra.
Soda diz ainda que os esforços conjuntos são "desesperadamente necessários" para acabar com a violência e ajudar o povo congolês a encontrar a paz.
Situação humanitária
À medida que o conflito se intensifica, a situação humanitária se agrava. A ONU destaca que milhões enfrentam insegurança alimentar aguda e outras necessidades críticas. No geral, mais de 26 milhões de pessoas na RD Congo precisam de ajuda humanitária.
Apesar da insegurança e do acesso limitado a partes do país, a OIM e seus parceiros têm se esforçado para fornecer ajuda de emergência aos deslocados internos e afetados pela violência.
A agência da ONU disse que está ampliando as operações que permitirão uma resposta de crise mais eficaz à emergência humanitária causada pelo aumento da violência.
A Referência