O Corinthians não estava sofrendo defensivamente até o primeiro gol do Botafogo, é verdade. Mas chama atenção como o time se abalou facilmente com o primeiro gol de Tiquinho Soares e não teve qualquer poder de reação na partida. O Glorioso teve calma para trabalhar a bola e conduzir o jogo como bem entendesse, resultando no placar final. Méritos para Luis Castro, que resistiu à pressão externa após um Estadual ruim e deu a volta por cima.
O retrato do Corinthians, hoje, é de um time abalado mentalmente, abaixo fisicamente e desorganizado taticamente. A falta de planejamento da diretoria para a temporada de 2023 está cobrando seu preço e a briga contra a zona de rebaixamento não é pensamento distante como já foi.
Luxemburgo ainda busca sua primeira vitória nesta terceira passagem pelo Corinthians. Difícil apontar o treinador como culpado tendo em vista que o contexto pouco favorece qualquer profissional que esteja à beira do campo do Timão. Mas é fato que, mesmo com seu poder conciliador, a pressão para fazer esse time performar melhor vai existir.
Agora, o foco do Corinthians passa a ser o São Paulo. Em um cenário de pressão extrema, a equipe do Parque São Jorge defenderá o importante tabu de nunca ter perdido para o rival na Neo Química Arena. Além disso, um triunfo contra o Tricolor pode ser o combustível para impulsionar uma recuperação da equipe na temporada.
Porém, nenhum placar pode apagar o que já está constatado: o Corinthians de 2023 é o resultado do descaso da diretoria com o futebol do clube. O que estamos vendo é consequência.
Gazeta Esportiva