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Caso Ana Paula Campestrini: Tribunal do Júri condena ex-marido e amigo por feminicídio


O Tribunal do Júri de Curitiba condenou à prisão, nesta sexta-feira (24), o ex-marido de Ana Paula Campestrini e ex-presidente do clube Morgenau, Wagner Oganauskas, e um amigo dele e também ex-diretor do clube, Marcos Antonio Ramon.

O ex-marido foi condenado a 25 anos de prisão por homicídio qualificado. Ramon teve pena de 28 anos, 10 meses e 15 dias de prisão, também pelo crime de homicídio qualificado.

O amigo do ex-marido de Ana Paula ainda foi considerado culpado pelo crime de fraude processual e teve pena de 1 ano, 1 mês e 2 dias.

Os jurados aceitaram as qualificadoras de motivo torpe, crime cometido mediante dissimulação e feminicídio.

Foto: Reprodução

O julgamento dos acusados pela morte de Ana Paula começou nesta quinta-feira (23). O primeiro dia teve mais de 15h de sessão e foi marcado por discussões acaloradas entre defesa e acusação. Depois de ouvir todas as testemunhas de defesa e acusação, além do réu Wagner, o juiz decidiu interromper a sessão durante a madrugada e retomar na manhã desta sexta.

Réu diz que agiu sozinho

No segundo dia do julgamento, o réu Marcos Antonio Ramon, acusado pelo Ministério Público do Paraná (MPPR) de ser o autor dos disparos que tiraram a vida da vítima, confessou o crime. Desde o fato, em 22 de junho de 2022, ele optou em permanecer em silêncio.

Marcos surpreendeu aos presentes, logo no início do depoimento, ao isentar a culpa do ex-marido da vítima, apontado como mandante da ação, em troca de R$ 38 mil, conforme denúncia do MPPR.

Marcos Ramon.Foto: Reprodução/Tribunal do Júri/Youtube.

Marcos disse que precisava de uma forma de conseguir dinheiro, por conta da dependência química em cocaína e compromissos com o pagamento da pensão alimentícia da filha, de 8 anos.

"Fazia trabalho como representante comercial do clube e também como diretor. O dinheiro que estava recebendo era pouco. Tava morando de favor na casa da minha prima. Tinha a pressão da minha ex-esposa em relação à pensão da minha filha e precisava de dinheiro para a droga. Achei que uma forma de conseguir dinheiro seria afastando o Wagner da função de presidente. Eu era o segundo dentro do clube, era diretor administrativo. Depois passei a ser diretor administrativo financeiro. A minha projeção para presidente seria muito fácil tirando o Wagner do caminho", justificou Marcos.

Denúncia

O crime aconteceu em 22 de junho de 2021, no bairro Santa Cândida, em Curitiba. De acordo com a denúncia do MPPR, os denunciados Wagner e Marcos cometeram o homicídio contra Ana Paula por razões da condição do sexo feminino, no âmbito da violência doméstica e familiar.

Foto: Reprodução

Além disso, o MPPR cita a lesbofobia como motivo para o crime, já que o ex-marido de Ana não aceitava o novo relacionamento mantido pela vítima com uma mulher.

Rio Branco do Sul

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