O colegiado reúne os 20 procuradores mais antigos da instituição, além de outros 20 eleitos pelos pares, e é presidido pelo procurador-geral de Justiça, Mário Luiz Sarrubbo.
Além de destacar efeitos positivos do programa, apontados por estudo encomendado pela própria PolÃcia Militar, os procuradores afirmam que "a supressão das câmeras ou mesmo a diminuição do programa, poderá ser entendido por setor minoritário da polÃcia como verdadeira licença para matar, pois não parece ser simples coincidência a diminuição da letalidade policial em unidades onde as câmeras foram adotadas, propiciando ao alto escalão da corporação maior controle do que ocorre no policiamento".
Programa será "revisto", diz secretário
Criado na gestão João Doria em 2021, o programa Olho Vivo passou a acoplar aos uniformes de PMs com um sistema de câmeras corporais que capta sons e imagens de todas as atividades dos agentes de segurança pública. O material fortalece a produção de provas judiciais em ocorrências criminais e aumenta a transparência das operações.
Na campanha eleitoral, o atual governador TarcÃsio Gomes de Freitas (Republicanos), chegou a defender o fim do programa, mas passou a falar em "reavaliação" dos benefÃcios das câmeras corporais. Na quarta-feira (4), na primeira entrevista como secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite afirmou que o governo vai "rever o programa".
"O que existe de bom vai permanecer. Aquilo que não está sendo bom e que pode ser comprovado cientificamente que não é bom, por isso a importância de analisar esse estudo da Fundação Getulio Vargas, a gente vai propor ao governador possÃveis alterações", disse o secretário à rádio Cruzeiro, de Sorocaba, terra natal do ex-oficial da Rota.
CNN Brasil