Prisão
O STF divulgou que José AcĂĄcio Serere Xavante é acusado de "condutas ilĂcitas em atos antidemocrĂĄticos". A prisão foi solicitada ao Supremo pela Procuradoria-Geral da RepĂșblica (PGR) pelo prazo de dez dias para garantir a ordem pĂșblica.
Conforme a decisão, o cacique Serere, como é conhecido, teria realizado nos Ășltimos dias "manifestações de cunho antidemocrĂĄtico" em frente do Congresso Nacional, no Aeroporto de BrasĂlia, em um shopping e em frente ao hotel onde o presidente eleito, Luiz InĂĄcio Lula da Silva, estĂĄ hospedado.
Para a PGR, o cacique "vem se utilizando da sua posição de cacique do Povo Xavante para arregimentar indĂgenas e não indĂgenas" para cometer crimes, como ameaças de agressão contra Lula e ministros do STF.
A AgĂȘncia Brasil não conseguiu contato com a defesa do cacique.
A PolĂcia Federal informou, por suas redes sociais, que cumpriu a ordem de prisão expedida por Alexandre de Moraes e que Serene Xaxante foi preso e "encontra-se acompanhado de advogados e todas as formalidades relativas à prisão estão sendo adotadas nos termos da legislação, resguardando-se a integridade fĂsica e moral do detido." A PF também informou que os distĂșrbios que aconteceram nas imediações do EdifĂcio-Sede da PolĂcia Federal "estão sendo contidos com o apoio de outras forças de Segurança PĂșblica do Distrito Federal (PMDF, CBMDF e PCDF)."
Repercussão
O ministro da Justiça e Segurança PĂșblica, Anderson Torres, disse, pelas redes sociais, que, desde o inĂcio das manifestações, o ministério, por meio da PolĂcia Federal, "manteve estreito contato com a Secretaria de Segurança PĂșblica do DF e com o governo do Distrito Federal a fim de conter a violĂȘncia e restabelecer a ordem. Tudo serĂĄ apurado e esclarecido". Segundo Torres, a situação estĂĄ se normalizando.
Em uma segunda postagem, Torres disse que "nada justifica as cenas lamentĂĄveis que vimos no centro de BrasĂlia". "A Capital Federal tradicionalmente é palco de manifestações pacĂficas e ordeiras. E seguirĂĄ sendo!". Ele agradeceu o empenho da Secretaria de Segurança PĂșblica do DF e do governo do Distrito Federal por todo apoio à PolĂcia Federal. Segundo o ministro, "tudo serĂĄ apurado".
Pelas redes sociais, o futuro ministro da Justiça, FlĂĄvio Dino, condenou os protestos. "InaceitĂĄveis a depredação e a tentativa de invasão do prédio da PolĂcia Federal em BrasĂlia. Ordens judiciais devem ser cumpridas pela PolĂcia Federal. Os que se considerarem prejudicados devem oferecer os recursos cabĂveis, jamais praticar violĂȘncia polĂtica", declarou.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também pelas redes sociais, definiu como absurdos os atos de vandalismos acontecidos na noite desta segunda-feira em BrasĂlia "feitos por uma minoria raivosa". "A depredação de bens pĂșblicos e privados, assim como o bloqueio de vias, só servem para acirrar o cenĂĄrio de intolerância que impregnou parte da campanha eleitoral que se encerrou." Pacheco acrescentou que as "forças pĂșblicas de segurança devem agir para reprimir a violĂȘncia injustificada com intuito de restabelecer a ordem e a tranquilidade de que todos nós precisamos para levar o paĂs adiante."
Matéria atualizada às 23h55 para acréscimo do posicionamento de postagem de Anderson Torres e de coletiva com Flavio Dino.
AgĂȘncia Brasil