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Cartórios paranaenses registram o maior número de mortes da história em um primeiro semestre

Por Banda B

15/07/2021 às 20:39:23 - Atualizado há

Os cartórios do Paraná registraram 60.050 mortes este ano até o final de junho. O número, que já é o maior da história em um primeiro semestre, é 83,5% maior que a média histórica de óbitos no Estado, e 66,5% maior que os ocorridos no ano passado, com a pandemia já instalada há quatro meses no Estado.

Em relação aos nascimentos, o Paraná registrou o menor número de nascidos vivos em um primeiro semestre desde o inicio da série histórica em 2003. Até o final do mês de junho foram registrados 73.930 nascimentos, número 7,9% menor que a média de nascidos no Estado desde 2003, e 4,5% menor que no ano passado. Com relação à 2019, ano anterior à chegada da pandemia, o número de nascimentos caiu 10,6% no Paraná.

Foto: Hannah Mckay/AFP/Pool


O resultado da equação entre o maior número de óbitos da série histórica em um primeiro semestre versus o menor número de nascimentos da série no mesmo período é o menor crescimento vegetativo da população em um semestre no Estado, aproximando-se, como nunca antes, o número de nascimentos do número de óbitos. A diferença entre nascimentos e óbitos que sempre esteve na média de 47.596 mil nascimentos a mais, caiu para apenas 13.880 mil em 2021, uma redução de 70,8% na variação em relação à média histórica. Em relação a 2020, a queda foi de 66,4%, e em relação a 2019 foi de 70,7%.

"Nunca tivemos essa diferença tão grande entre a taxa de mortalidade e nascimentos. O número de óbitos superou o de nascimentos. Para nós que vivenciamos no dia a dia as histórias das pessoas, me deixa muito triste porque vemos muitas famílias serem dissolvidas, muitas mães que deixam os filhos pequenos, com deficiência", lamentou a presidente do Instituto do Registro Civil das Pessoas Naturais do Estado do Paraná (Irpen/PR), Elizabete Regina Vedovatto.

Natalidade e casamentos

Por mais que não seja a regra, a série histórica do Registro Civil demonstra que o aumento no número de casamentos está diretamente ligado ao aumento da taxa de natalidade no Paraná, o que deve fazer com que os nascimentos ainda demorem um pouco a serem retomados, já que no primeiro semestre de 2021 o Estado registrou o segundo menor número de casamentos desde o início da série histórica.

Foto: Nhac Nguyen/AFP


Embora 20,8% menor que a média histórica de casamentos no primeiro semestre no Paraná, o número de matrimônios em 2021 mostra uma pequena recuperação em relação às celebrações do ano passado, fortemente impactadas pela chegada da pandemia que adiou cerimônias civis em virtude dos protocolos de higiene necessários à contenção da doença. Até junho deste ano os Cartórios celebraram 3.177 casamentos civis, número 12,1% maior que os 2.597 matrimônios realizados no ano passado, mas ainda 19,6% menor que os 3.878 casamentos celebrados em 2019.

"O número de nascimentos e casamentos estão relacionados. O fato de as pessoas estarem adiando casamento impacta também na postergação de gravidez. Esperamos que, num cenário pós-covid, essa tendência mude. Precisamos que hajam mais nascimentos. Porém, isso deve acontecer de forma gradativa", afirmou Vedevatto.

Fonte: Banda B
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