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Justiça

TSE decide remover publicação de Bolsonaro contra Lula no Twitter

Os ministros decidiram também multar o presidente em R$ 5 mil.


O plenĂĄrio do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou ontem (1°), por 6 votos a 1, a remoção de postagens do presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição, que associam o ex-presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva e o PT à organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). As publicações foram feitas no perfil verificado de Bolsonaro no Twitter.


Com a ordem de remoção, a maioria dos ministros atendeu a pedido do PT. O partido apresentou uma representação contra Bolsonaro por propaganda eleitoral antecipada negativa e disseminação de desinformação. Os ministros decidiram também multar o presidente em R$ 5 mil.


Ficou vencida no caso somente a relatora, ministra Maria Claudia Bucchianeri. Em agosto, ela havia negado liminar (decisão provisória) ao PT no processo, por não ter visto urgĂȘncia ou uso de material manifestamente inverĂ­dico nas publicações. As postagens questionadas pelo PT trazem o vĂ­deo de uma reportagem com interceptações telefônicas em que um lĂ­der do PCC diz: "Com o PT nois (sic) tinha diĂĄlogo. O PT tinha com nois (sic) diĂĄlogo cabuloso".


Prevaleceu ao final a divergĂȘncia do ministro Ricardo Lewandowski, que afirmou não ter dĂșvida sobre a violação à legislação eleitoral, por ver ofensa à honra de um candidato por outro, sem lastro em indĂ­cios suficientes. "A intenção de atacar a honra alheia é manifesta e a gravidade da conduta deve ser avaliada em razão do cargo de presidente", afirmou o ministro.


Acompanharam a divergĂȘncia os ministros CĂĄrmen LĂșcia, Mauro Campbell, Benedito Gonçalves, Sergio Banhos e Alexandre de Moraes, presidente do TSE, para quem a Justiça Eleitoral estabelece um precedente importante no caso.


No voto, Moraes disse que o TSE precisa mostrar que irĂĄ remover não só informações claramente falsas, como também publicações que se valem de informações verdadeiras mas distorcidas. "NotĂ­cias que desvirtuam fora das redes devem ser combatidas", afirmou o ministro.


Em nota, a defesa de Jair Bolsonaro disse que "prefere acreditar que a guinada jurisprudencial levada a efeito pelo TSE na manhã de hoje tenha sido concebida com o propósito especĂ­fico de estimular o fair play eleitoral por parte de todos os candidatos. A partir de agora, por força do princĂ­pio da colegialidade e em nome da coerĂȘncia jurĂ­dica, expressões até mais graves, a exemplo da imputação de crime, não merecem ser toleradas".

AgĂȘncia Brasil

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