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Exposição no Masp propõe uma revisão sobre a História do Brasil


Exposição Histórias brasileiras, com curadoria de Adriano Pedrosa e Lilia M. Schwarcz, no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - MASP. - Rovena Rosa/Agência Brasil

Histórias Brasileiras dá continuidade ao projeto do museu em apresentar exposições dedicadas à História, como fez em Histórias da infância (2016), Histórias da sexualidade (2017), Histórias afro-atlânticas (2018), Histórias das mulheres, Histórias feministas (2019) e Histórias da dança (2020). A História apresentada pelo museu não é a que se encontra nos livros oficiais, mas a que tem sentido mais amplo e aberto. A ideia é reconstruir essa História tradicional, revisitá-la e abrir espaço para as contestações e reparações.

Depois de enfrentar protestos de artistas e de público por ter vetado a exposição de fotografias do Movimento Sem Terra (MST), o museu voltou atrás em sua decisão e as fotos estão em exibição na mostra, no núcleo Retomadas. E não só em exibição. As curadoras desse núcleo propuseram que seis dessas fotografias de João Zinclar, André Vilaron e Edgar Kanaykõ sejam reimpressas e distribuídas gratuitamente ao público. Além disso, há a proposta de que seja realizado um seminário online, que será transmitido por meio do canal do Masp no Youtube e na plataforma do MST.

Além das fotos, o núcleo Retomadas discute o presente como um momento de restituição, reparação e recriação de direitos. “O prefixo ‘re-’, que ética e politicamente demarca as retomadas, não indica um resgate ou um retorno a um ponto supostamente anterior à invasão colonial. Distante da dimensão nostálgica e fetichista da própria colonialidade, retomar é também criar, ficcionalizar, transformar”, disseram as curadoras do núcleo Clarissa Diniz e Sandra Benites.

A visita à exposição é iniciada no primeiro andar. É nesse espaço que se encontra o núcleo Bandeiras e Mapas, que apresenta elementos pátrios, como a bandeira nacional, em uma visão mais artística e crítica. Na obra Bandeira afro-brasileira (2022), por exemplo, o artista Bruno Baptistelli altera as tonalidades da flâmula nacional para convertê-la numa bandeira afro-brasileira, onde o verde e amarelo é substituído pelo preto e o vermelho.

Exposição Histórias brasileiras, com curadoria de Adriano Pedrosa e Lilia M. Schwarcz, no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - MASP. - Rovena Rosa/Agência Brasil

Já o núcleo Paisagens e trópicos traz a fotografia Natureza morta 1 (2016), de Denilson Baniwa, que apresenta a silhueta de um indígena morto delineada sobre a floresta amazônica, discutindo a devastação da mata causada por gerações de invasores aos territórios indígenas.

No segundo subsolo está o núcleo Rebeliões e Revolta, que apresenta um conjunto de obras que pretende “revisar e questionar as narrativas oficiais da arte e da política, opondo-se ao mito de um país pacífico e livre de guerras. Seu objetivo é apresentar uma contra-história”, dizem os curadores André Mesquita e Lilia Moritz Schwarcz. Nesse núcleo, a palavra Lute aparece de forma reiterada. Entre elas, em uma impressão serigráfica de Santarosa Barreto.

A mostra tem entrada gratuita às terças-feiras e quintas-feiras. Além da exposição, o Masp propõe encontros com professores, palestras e diálogos. Para visitar a exposição é necessário fazer o agendamento online obrigatório na página de ingressos do museu.

Agência Brasil

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