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Alvo do Gaeco, delegado Matheus Laiola fala sobre operação: "Muito estranho"

Por Da Redação

19/07/2022 às 11:48:19 - Atualizado há

"Muito estranho, pois os motivos da visita não tem qualquer relação direta comigo. São fatos ocorridos há quase 3 anos e coincidentemente no período que me afastei da chefia da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) e me tornei pré-candidato a deputado federal, os agentes foram até a minha residência para cumprir o mandado de busca e apreensão", afirmou o delegado, por meio de nota enviada à imprensa.

De acordo com o Ministério Público do Paraná (MP-PR), as investigações apuram possível crime de concussão (crime praticado pelo servidor público que usa de sua função para exigir vantagem indevida).

O coordenador do Gaeco, Leonir Batisti, explica que, a pretexto de haver irregularidades em um dos postos de combustíveis de uma rede, o grupo de policiais teria apreendido um funcionário, encaminhando-o à delegacia, onde o teriam retido por cerca de seis horas numa sala, exigindo inicialmente R$ 50 mil para liberá-lo – quantia depois diminuída para R$ 10 mil e que teria sido paga em dinheiro pelo dono do posto ao grupo de policiais.

“Foi exigido o pagamento de propina, com o funcionário sendo levado obrigado para a delegacia. Ele permaneceu ali até que o proprietário do posto conseguisse ajustar o valor. Temos também vários outros elementos, como uma notificação que era feita, mas que nunca era formalizada em lugar algum”, explicou.

Ainda na nota enviada a imprensa, Laiola afirmou que colaborou com os agentes do Gaeco. "Sempre colaborando com qualquer investigação, entreguei os objetos solicitados. Reforço que estou sereno e confio plenamente na Justiça, no entanto, não iremos ficar calados diante de tal denúncia que partiu de pessoas maldosas e que nada fizeram pelo bem da comunidade", pontuou o delegado.

Os fatos investigados ocorreram em fevereiro de 2019 e envolvem o então delegado-chefe da unidade, o delegado Matheus Laiola, e três investigadores ligados à Delegacia do Meio Ambiente na época – dois deles já se aposentaram, e o terceiro está atualmente em outra delegacia. Um quarto investigador já tinha sido alvo de mandado de busca na primeira fase da operação.

Os mandados foram expedidos pela 4ª Vara Criminal de Curitiba.

O Nosso Dia entrou em contato com a Polícia Civil do Paraná sobre a operação, que enviou o seguinte retorno:

A Polícia Civil do Paraná participou do cumprimento dos mandados de busca referentes a investigação do Gaeco, nesta terça-feira (19). A Corregedoria da PCPR conduz as investigações de cunho administrativo para apurar eventuais infrações por parte dos servidores. A PCPR pauta suas ações na retidão ética e técnico-profissional, não compactuando com desvios de conduta.

Confira a íntegra da nota divulgada pelo delegado Matheus Laiola:

Recebi na manhã desta terça-feira (19), agentes do Ministério Público na minha residência.

Muito estranho, pois os motivos da visita não tem qualquer relação direta comigo. São fatos ocorridos há quase 3 anos e coincidentemente no período que me afastei da chefia da DPMA e me tornei pré-candidato a Deputado Federal, os agentes foram até a minha residência para cumprir o mandado de busca e apreensão.

Sempre colaborando com qualquer investigação, entreguei os objetos solicitados. Reforço que estou sereno e confio plenamente na Justiça, no entanto, não iremos ficar calados diante de tal denúncia que partiu de pessoas maldosas e que nada fizeram pelo bem da comunidade.

Agradeço desde já o apoio de todos, e seguiremos ainda mais fortes no objetivo de servir e compartilhar boas ações.

Nada vai me desmotivar na luta pela causa animal.

Nada vai me tirar a vontade de mudar efetivamente a proteção animal no Paraná e no Brasil.

Obrigado!

Fonte: Nosso Dia
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