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Documentos vazados mostram que Uber era a favor de violência para a empresa "ter sucesso"


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Divulgação de milhares de documentos com trocas de emails entre executivos da Uber mostra que a empresa encorajava atos de violência e outras práticas questionáveis. O Consórcio de Jornalistas (ICIJ, na sigla inglesa) está investigando mais de 124 mil documentos internos da empresa, entre os quais mais de 83 mil mensagens de email e de texto trocadas entre o antigo CEO Travis Kalanick e outros executivos da empresa. A correspondência data de 2013 a 2017, altura em que Kalanick sai da liderança da Uber, substituído por Dara Khosrohshahi.

Entre os documentos já revelados é possível constatar que a empresa estava disposta a fazer muitas coisas questionáveis e que os executivos sabiam serem ilegais. Em 2016, por exemplo, Kalanick deu ordens aos empregadores da Uber para encorajar os motoristas a reagir aos protestos dos taxistas. Um executivo lembra que o "outro lado" tinha alguns "bandidos de extrema-direita", ao que Kalanick responde "acho que vale a pena. A violência garante o sucesso. E estes tipos devem sofrer resistência, não?", cita o site Engadget.

A estratégia da direção anterior passava por "transformar" os motoristas da Uber em arma de arremesso político e social, de forma a construir uma narrativa. Os mesmos passos foram tomados em diferentes mercados.

Entre a esfera de influência da Uber neste período aparecem nomes como Emmanuel Macron ou a ex-comissária europeia Neelie Kroes, naquilo que pode ser comportamento que quebra as regras de ética da UE.

Outros documentos do mesmo lote mostram que a empresa estava atenta ao escrutínio dos reguladores e tinha dotado os sistemas informáticos com botões de autodestruição que eliminavam todos os dados em caso de buscas. Em pelo menos 12 situações, em seis diferentes países, a Uber teria ativado este "botão". "Por favor carreguem no kill switch ASAP. O acesso deve ser cortado em AMS [de Amesterdã]", escreve Kalanick nas instruções dadas por email. Em Montreal, Canadá, as autoridades chegaram a entrar nos edifícios e ver os computadores e tablets da empresa a fazerem todos reset ao mesmo tempo.

A administração atual da empresa já reagiu a estas revelações: ao The Post disseram que esta última solução não está sendo usada desde 2017 e que "este tipo de software nunca devia ter sido usado para resistir a ações regulatórias legítimas". Por outro lado, sobre a generalidade dos documentos: "Não temos e não vamos fazer desculpas pelos comportamentos do passado que claramente não estão em linha com os nossos valores atuais. Em vez disso, pedimos que o público nos julgue pelo que fizemos nos últimos cinco anos e que vamos fazer nos próximos anos", afirma Jill Hazelbaker, vice-presidente senior da empresa.

Já um porta-voz de Travis Kalanick afirma que qualquer sugestão de que o executivo tenha dirigido ou estado envolvido "qualquer prática ilegal ou imprópria" é "completamente falso" e lembra que "a realidade é que as iniciativas de expansão da Uber foram lideradas por centenas de pessoas, em dezenas de países em todo o mundo e em todos os momentos estavam sob monitorização direta e tinham aprovação completa dos grupos legais, de políticas e de compliance robustos da Uber".

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